Um trapézio amoroso

- Não é a ti que quero. Mas não posso querer quem não é meu...
- Sou um escape, é isso?
- Sim e não.
- Não sei que papel tenho neste "jogo".
- És o outro!


Não, não sou o amante. Isso ela já tem. Deixem-me explicar: a Carla C., casada, gosta de outro, que não sou eu. Diz-me ela que eu sou o outro... em relação ao outro. Confusos? Ou seja, isto não se trata de um triângulo amoroso, mas de um quadrado. Não, um quadrado não, que isso seria demasiado simples e a coisa não tem todos os lados iguais. É um quadrilátero. Prefiro chamar-lhe um trapézio amoroso. Melhor: um trapézio escaleno e, não querendo parecer pretensioso, imagino-me do lado maior do trapézio.

Sou um sem-vergonha #2

[continuação...]

Foi uma carga de trabalho. Também foi uma descarga de esporra, coisa que ela não estava à espera, mas já lá vamos...
"São só uns beijinhos, ok?", disse-me à entrada de casa. Estava vestida dos pés à cabeça, não se via ponta de pele, como que a sublinhar que não haveria nada para ninguém. Vergonha, contou-me ela. E medo, percebi eu. Medo que eu não gostasse de a ter menstruada. Fiquei de pau feito só de pensar quão bem estaria em Moscovo a frio. Ora, se fossem apenas uns linguados também não faria mal ao Mundo. Seria um mal menor. Mas um tipo está sempre à espera do bem maior, que, no caso da Carla, seria uma espanholada. Sei que não é de bom tom esta minha fixação pelas mamas dela, mas podemos esquecer as regras sociais por momentos, enquanto olhamos, deliciados, para a sua foto?


Não fui lá à espera de pinar, mas também não fui por cortesia social.
A conversa de circunstância durou uns segundos . Nem sequer me mostrou a casa. Ora, também não estava à espera de tal anfitriã. Salta para o meu colo e deixa-me imediatamente com formigueiro nos dedos, O caralho, se bem se lembram do início do texto, já estava em riste... Suava as estopinhas, à procura de pele. Pingávamos porque fazia um calor perto da combustão. Não aguento mais. Fico em cuecas e reparo que ela mantém os olhos fechados. É vergonha, confirmo. Tiro-lhe a camisa e o sutiã e quase expludo. É o maior par de mamas que me passou pelos olhos. Deliciosas.

Ela não me larga. Não porque me adora de morte, mas porque não quer que lhe tire mais roupa.
"As calças não!", pede. O período incomoda-a mesmo. Nem sequer tento. Sei que não vale o esforço. Não haverá cona. Por enquanto... Vejo na cara dela que vai passar a matiné a esbodegar o meu nabo. É exactamente isso que acontece. Volta ao meu colo e simula a penetração. Fode-me como se estivesse dentro dela. Geme e tudo. Agarro-lhe as ancas, fixo o olhar naquele peito de cair para o lado e exijo que me deixe o baixo-ventre dorido.

Já não aguento mais.
Digo-lhe: "Assim fazes-me vir!" Tu é que sabes, responde-me, com um sorriso divertido. Aquele ar de menina malandra deixa-me louco. Além disso, estou ensopado em suor. O meu e o dela. Pego-lhe ao colo e viro-a ao contrário. Coloco-a no sofá, tiro as cuecas, sento-me nela, encosto o caralho, já a latejar, no peito dela, aperto as enormes mamas contra o meu sexo e fodo-lhe o rego. Ela não tem tempo para me impedir. Esporro-me quase imediatamente. Levanto-me, ainda duro, e delicio-me com a visão dos mamilos da Carla a pingar meita.

Sou um sem-vergonha #1

Era agora ou nunca.
Ela queria aproveitar que o marido andava por fora e convidou-me para ir até lá a casa. Agora é que é, pensei. Agora é que vai abrir as pernas. Uma minhota que faz um convite assim só pode querer foda. É a lei natural das coisas. Com a verga cheia de lume, pedi pormenores, numa tentativa de evitar os pró-formas para a pranchada. Desilusão...

"Podemos apenas ver-nos? Mais nada. Tenho vergonha de falar sobre isso contigo."
Ver?! Já vi. Não era para pinar?!
"Não posso fazer o que te quero fazer."
Mau-maria. O que é que queres fazer mesmo?
"Posso estar contigo mas não de outra maneira."
Desembucha caralho!
"Há coisas que não consigo explicar. Tenho vergonha."
Estás com o período, é isso?
"Tu tens mulher, deves perceber."
Estás com o período! Se soubesses... Não me importo nada. Gosto de cenas porcas.
"Percebeste?"
Seria o encaixe perfeito, já me disseram: "Moscovo a frio a chocar contigo já quente." Mas isso foi a Carla, que gosta de badalhoquices. Esta é diferente. Nem pior, nem melhor. Leva o seu tempo.


Sou alérgico a conversa mole.
Decidi não dizer mais nada senão lugares-comuns. Que sim. Que é só para a ver. Que não faço nada que ela não queira. Que se foda... Mal não faz.

[continua...]

O que achas do decote? É demais?

Nunca percebi porque lhe chamam "espanhola".
Mas sempre é melhor do que chamar-lhe "coito intermamário", expressão tão fria que parece dita pela enfermeira gorda e mal-encarada que nos ofereceu um copo sem germes para recolha de sémen. Não aconteceu, relaxem, mas diverte-me a ideia da mesma enfermeira explicar o procedimento como se gostasse de badalhoquices: "Bates uma punheta e esporras-te para este copo. E isso rapidinho, que a seguir vou fazer uma 'gravata' ao Dr. Boamorte." Não é melhor chamar "gravata" à "espanhola"? Afinal, um caralho bem esticadinho entre as mamas de uma mulher parece de facto o dito adereço.

[faits divers: os espanhóis chamam "cubana" à "espanhola", os ingleses "francesa" e os holandeses "russa".]

Ou seja, o mundo inteiro gosta de uma boa mamada entre as mamas. Simplesmente dá-lhe nomes diferentes.
Eu não fujo à regra. Gosto de deboche. E, se lhe acrescentarem conversa porca, garanto-vos que terão direito a uma verga colossal para lá da braguilha. Falar com a Susana é uma espécie de pré-queca. Ela é uma grosseirona, sempre a falar de cambalhotas que aconteceram e que gostava que acontecessem. Além disso, como já vos contei, tem uma prateleira épica.


Paloma mi tesón

E eis que apareceu Paloma.
Não anda aqui por perto, mas não está assim tão longe e vai-me dando água pelo bico. Já sei que sou um troglodita da pior espécie, que tenho pouco respeito por almas sensíveis, mas esta mulher, diga ela o que disser, faz-me jorrar doses industriais de langonha. Não é uma questão de caralho, que o meu não distingue o bem do mal, vai do morto ao altivo em dois caracteres bem teclados. É orgulho mesmo. Gajo que é gajo tem que foder uma Paloma assim: é um tesão de trepar o Everest, não tem tabus, quando quer alguma coisa vai até ao fim e fica excitada com o perigo. Foi ela que me disse e, pelo que vi, temos aqui mulher audaz.


Podia dar-me para pior.
Podia esfolar o galho ao som de Caetano Veloso...
"Cucurrucucu paloma, cucurrucucu no llores.
Las piedras jamas, paloma,
Que van a saber de amores?
Cucurrucucu
Cucurrucucu
Cucurrucucu,
Paloma, no llores."

Também podia mentir-lhe.
Podia dar-me para falinhas mansas e dizer-lhe em castelhano rasca:
"No quiero sexo.
quiero las cosas que conducem a ella.
Los besos lentos,
y luego el beso apasionado,
después los que tiran más cerca,
los besos en el cuello,
el disfrutar de la respiracion pesada, moderla,
y disfrutar las pausas,
mentras usted recupera el aliento,
sentiendonos el uno al otro."

Cucurrucucu:
Paloma, consegui despertar em ti "aquilo que falta", seja lá o que isso fôr, ou vais continuar a safar-te sozinha quando ficas a mil? Já sei que te sabe a pouco quando decides usar a mão... Queres uma mãozinha?

Ainda estamos no diz que diz

Diz que não lhe dou sossego, mas quer estar sossegada.
Diz que anda com os lábios da cona marcados nas calças, mas não sabe se o clítoris fica duro.
Diz que perdeu a vontade de me foder, mas quer foder até guinchar.
Diz que não me entende, mas gostava de se deixar levar.
Diz que o outro a convidou a ir a uma puta na grande cidade, mas não sabe se vai.
Diz que tem uma colega de trabalho que lhe dá bola, mas o patrão anda a comê-la.
Diz que a ideia do patrão e da colega lhe dá tesão, mas tem medo das consequências.
Diz que o outro a faz vir sem se mexer, mas o egoísmo dele cansa-a.
Diz que gosta de dar luta para lhe dar valor, mas adorava que lhe fosse ao cu.
Diz que não gosta de ter pêlos na pachacha, mas quer sentir os meus colhões peludos a baterem-lhe no rabo.
Diz que lhe dou tusa, mas é segredo.
Diz que gostava de dar uma trancada com vários homens, mas o marido não sabe.
Diz que não faz amor, que pina, mas o tipo tem que lhe dizer alguma coisa.
Diz que estamos num impasse, mas tem que confirmar ao vivo.
Diz que tem-se masturbado todos os dias desde que apareci, mas é só para confirmar que fica inchada.
Diz que sou um malandro, mas manda-me fotos indecentes.
Diz que tem que mudar de cuecas, mas tem se comportar como uma senhora casada.

A foto que ela me enviou. Tenho que a sentir vir-se na minha boca...

Diz que levou com "o preto", mas isso é o nome do vibrador.
Diz que gostava de partilhar o maridinho, mas não sabe como.
Diz que grita muito, mas tem que dormir.
Diz que não dorme por causa de mim, mas só faz o que lhe apetecer.

Sexting é uma canseira


Não tinha notícias dela há meses.
Sandra estava noiva, mas percebeu que a coisa não ía funcionar. Melhor! Gosto de passar a noite em casa dela. Tem sempre bons queijos, excelentes vinhos, melhores digestivos e faz uns broches de cair para o lado. Mandou-me uma mensagem como se estivesse a ligar para o 112:
- Fazes-me vir?
- Claro. Vens-te comigo?
- Quero muito.
- Põe-te de costas. Quero lamber-te o cu.
- Hmmm... Faz isso. Tenho as pernas abertas. Fode-me à bruta! Fode-me o cu!
- Vou espancar-te essas nádegas.
- Não, espera. Sabes o que me apetece fazer?
- ...
- Quero comer uma gaja contigo.
- Espera aí. Estava a comer-te o cu...
- Então fode-me o cu enquanto lhe lambo a cona.
- ...
- Com força pá!
- À palmada?
- Não fales! Agora come-a tu. Quero que ela me lamba.
- Que tal lamberes-me o caralho enquanto a fodo?
- Estás a pensar demais... Ui. Isso é bom...
- Sentes o cheiro do mel dela a escorrer?
- Sinto porra!
- Diz-lhe o que fazer.
- Foda-se! Tu cansas-me!

Close-up: é exibicionismo?

A Sara faz unhas.
Não me fez as unhas, porque eu não faço unhas. Enfim, corto-as, mas isso é coisa para um homem só. Ainda não preciso de uma nails-sitter. Não me fez as unhas, mas cravou-me o cigarro pós-coito da praxe quando me pediu boleia até casa. Ainda a estou a ver, sentada no lugar do morto: cuecas pelos tornozelos, cabelo desalinhado e a fumar com tragadas que duravam uma eternidade. Havia no ar um intenso cheiro a nicotina, testosterona e estrogénio. O carro tresandava a sexo.

Nunca mais a vi. Mas ela gosta de dar notícias, em forma de vídeo.


Poupa nas palavras, mas sabe perfeitamente como me deixar em brasa. Gosta de se exibir. Chama-me fofo, que noutras circunstâncias seria um mau sinal, e entrega-me a sua cona encharcada de bandeja. Em forma de mp4. Podia ser em jpeg, mas não seria tão bom...

A gula segundo Luísa #2

Os pêlos são as nossas pétalas, já ouvi dizer. Homens e mulheres são sexo cercados de pêlos por todos os lados. Como ilhas.
Pergunta-me Luísa, ao meu colo, pernas bem abertas, decidida a evitar o coito o máximo de tempo possível: "Quando olhas para uma flor, reparas em quê? Nos órgãos reprodutores [googlei mais tarde e fixei a palavra fanerógamas] ou nas pétalas?" Engulo a seco, sustenho a respiração e respondo o óbvio: "Nas pétalas!" Elas estão para as flores como os pêlos para a pachacha.


Olho para ela, pau pronto para entrar em acção...
Digo-lhe o que ela quer ouvir: "A sociedade é como a natureza. Está emoldurada com pêlos: roupa da moda, jóias caras, pulseiras, colares, relógios..." Foi melhor que qualquer preliminar. Tremeu de tesão. Agarrou-se ao caralho e enterrou-o num só movimento. Cavalgou-me como uma amazona no seu trote final. Veio-se uma e outra vez. Pôs-se de quatro, rabo espetado, para a estocada fatal e ainda teve energia para me sufocar o caralho entre as mamas e aguentar o esguicho de leite quente na garganta.

A Luísa não tem pétalas.
Não tem pêlos em lado nenhum. E bem que procurei, cona acima, cona abaixo, mas só encontrei sardas. Tem sardas e um jeitinho especial para tratar a minha sarda como ela merece. As sardas dela são como os pêlos de outra mulher qualquer.

Mesa com vista para a cona deconhecida

Nunca me tinha acontecido.
Seria um almoço como tantos outros, não fosse aquela trintona. Cruzámos o olhar mal passei a porta do restaurante. Percebi que tinha que me sentar onde pudesse estar de olho nela. Por sorte, a mesa certa estava vazia. Conversava que um homem que podia ser o seu marido [não que isso interesse], pernas cruzadas, saia de ganga acima dos joelhos. De vez em quando, olhava para mim. Parecia tensa. Entusiasmada, talvez. Excitada, percebi mais tarde..

O que aconteceu depois parece ter saído do lápis de Milos Manara.

A famosa cena do álbum "Clic", de Manara

Percebeu que eu olhava insistentemente sob a mesa onde almoçava. Tinha umas coxas brancas que me faziam tremer os joelhos. Descruzou as pernas. Olhou mais uma vez para mim. Eu já não sabia como manter a discrição. Um tipo agarra-se ao pau e é apanhado pela mulher com a boca na botija, ou, neste caso, com a mão na braguilha. Ora, a trintona não me deixou descansado. Afastou as pernas e apresentou-me, graciosamente, as suas cuecas alvas.

Não há verga que aguente tanto altruísmo.
Tinha que registar a coisa. Menti com todos os dentes: "Vou fotografar o bacalhau com broa. Está delicioso." Quero acreditar que a trintona percebeu que eu queria cona. Foi afastando as coxas. A saia de ganga deve ter-lhe subido até ao pescoço de tão escanchada ficou. Já na sobremesa, relaxou a mão entre as pernas e juro que me pareceu afagar os entrefolhos sobre as cuecas. Mas isso já seria delírio meu, que sentia o nabo a latejar.

Há sempre uma primeira vez: fodi por conta


Se não fodesse, rebentava.
Passei o dia agarrado à braguilha. A Carla C. [não confundir com a Carla, minhota que continua de pernas fechadas] deixou-me como um cão com o cio. A uivar. Até malhei no vergalho enquanto conduzia. Ela gosta do que eu escrevo neste blog. Diz que lhe dá comichão na cona. Sim, já vi o resultado da coisa: ela não se toca, coça-a, como se fosse mordida por uma melga. Só a ideia deixa-me tonto de tesão. Nesse dia, garantiu-me que roçou a rata num canto da mesa antes de sair de casa. Lembrou-se do que eu lhe disse no dia anterior, sobre os colhões as baterem-lhe nas nádegas...

Não, não fodi, fui fodido.
Tive que parar numa estação de serviço. Explodi no meio do nada, mas decidi então que ia aceitar o convite da Susana [Lembram-se? A que me enviou a foto de rabo espetado a pedir que a comesse...] Não o fiz por ela. Lamento. Aceitei porque naquele dia tinha que ter cona. Apetecia-me a cona coçada da Carla C., mas uma cona descaracterizada é melhor do que nada.

Não a comi. Ela é que me comeu.
É verdade, mal me mexi. Apeteceu-me fazer o papel de um virgem num bordel. Abri as pernas e deixei que o caralho fizesse o papel de relações públicas. É bom? Chupa! Susana chupou. Não engoliu. Quis que eu gozasse entre as suas mamas épicas.

À força, que eu gosto

Já percebi: não posso ser meigo com ela.
Encontrámos-nos junto a um milheiral, escondidos da vaga de emigrantes que invade o Minho nesta altura. Carla chegou de saia curta, manga cava e um olhar de quem, desta vez, tem tempo para mais. Mais e melhor. E eu, que gosto de melhor, decidi que passaria os próximos minutos com os dedos enfiados na cona dela.

Não foi tarefa fácil chegar até lá.
Colou-se à minha boca, agarrou-me pela cintura de tal forma que mal me podia mexer. Não me interpretem mal: eu estava a gostar da coisa. O pau latejava, porque não tenho controlo sobre ele, mas a cabeça só pensava em pachacha.


Estava só a fazer-se de sonsa.
Encostei-a ao carro, desembaracei-me dos braços dela e levei a mão às suas coxas brancas. Pernas fechadas e sorriso de gozo, como quem diz "tens que trabalhar para chegar lá!" "Agora já ninguém te vale", pensei, "que aqui em baixo quem manda sou eu". Agarrei-lhe os cabelos pela nuca e ela soltou um gemidinho quando a minha mão aterrou nas cuecas dela. Renda e logo a seguir uns pentelhos miúdos. Já tinha saudades daquele movimento de afastar as cuecas e partir à descoberta do clítoris inchado. Desta vez, o que encontrei foi um autêntico mar de mel a escorrer-me pelos dedos. As bordas, antes apertadinhas, relaxaram como que a convidar-me para entrar.

Encosto a 38 mil pés de altitude


Pareceu uma eternidade, mas estou de volta.
Terão reparado que estive 2 semanas sem escrever. O homem comum chama-lhe férias de Verão. Mas verão que isso passa num instante e a coisa regressa rapidamente ao "normal".

Pouco ou nada se passou.
Quase nada. Excepto no voo de ida, que o de regresso foi um bocejo do tamanho da viagem. Gigante. Para lá do nosso rectângulo, viajei ao lado de umas coxas de olhar e babar por mais. Mulher petite, deu-me um daqueles olás que me fez agradecer aos deuses ter escolhido a coxia para passar as horas seguintes a 38 mil pés de altitude. Os ouvidos podem estalar à vontade que olhos brilham de felicidade como se tivesse ganho o prémio maior na raspadinha.

Saia curta porque partimos com 30º à sombra. Meias de renda porque o destino marcava 20º ao sol. Se estivesse sol...
O paraíso estava apenas a 30cm de distância. E o piloto ainda não tinha dado a ordem para apertarmos os cintos. A turbulência fez o trabalho por mim: as pernas dela afastaram-se, a coxa esquerda colou-se à minha coxa direita e assim passámos o resto da viagem. Como se fosse uma brincadeira de adultos. Groping chamam-lhe os anglo-saxónicos, frotteurisme segundo os gauleses, encoxada na boca dos hispânicos... A verdade é que só faltou dar-lhe uma arrochada, que é como quem diz uma cacetada em português de Miranda do Douro.