como engatei a católica


Era católica. E não foi preciso enfiar-lhe o pau pelo cu acima e ouvi-la guinchar "ai, meu deus" para perceber que tinha uma fé cega em Cristo. Além disso, era burguesa. Morava numa casa com jardim num subúrbio chique de Copenhaga, onde nem sequer faltava um kit de compostagem. Ou seja, era uma cona a evitar. Porque das duas, uma: ou iria dizer disparates da moral católica, que subordina as fodas à procriação, ou iria dizer disparates da moral burguesa, que subordina as quecas ao amor.

Ora, eu não tenho paciência para essas conversas de merda. Eu é mais cricas. E tetas. E porque sou um gajo que gosta de grandes mamas, porque sou um homem que é contra tudo o que possa desviar a minha atenção de mamalhais, atirei-me despudoradamente àquela dinamarquesa com uma enorme prateleira. Apesar de ser católica. E burguesa. Não foi preciso grande esforço para a converter. Abri a braguilha, saquei do caralho e, com o coiso duro na mão, disse-lhe:

"A tua moralidade vai impedir-te de abocanhares este cacete ou há coisas que valem a pena o sentimento de culpa?"

cantigas do bandido #30


Gosto de peidas. Gosto de apreciar peidas, apalpar peidas, espevitar peidas, papar peidas... Já não gosto de peidos. Excepto peidos da cona. O que eu não gosto é de peidos da peida. E não é porque parece a versão masculina da peida. Não. É porque se trata do mais poderoso e nauseabundo estraga-fodas do universo. Eu explico. Quando um gajo fode, não está à espera que feda. E portanto, quando fede, deixa de ter vontade de foder. Mas depois de ler este poema do Otacílio Batista Patriota, passei a dar outro valor ao peido. Fiquei tão entusiasmado que tive vontade de petiscar uma peida peidosa.

O valor que o peido tem


O peido é bom toda hora
Sem peido não há quem passe
A criança quando nasce
Tanto peida como chora
Um peido ao romper da aurora
Eu não troco por ninguém
Há noites que eu solto cem
Peidos grandes e pequenos
Já conheço mais ou menos 
O valor que o peido tem 

Um velho já moribundo 
Nas agonias da morte 
Soltou um peido tão forte 
Que se ouviu no outro mundo 
O peido gritou no fundo 
Que só apito de trem 
O velho sentiu-se bem 
Levantou-se no outro dia 
Dizendo a quem não sabia 
O valor que o peido tem 

Pela porta do bufante 
Para não morrer de volvo 
Diariamente eu devolvo 
peido grande a todo instante 
O sujeito ignorante 
Não me compreende bem 
Fecha a porta do "sedem" 
Deixa o peido apodrecer 
Esse morre sem saber 
O valor que o peido tem 

Um peido silencioso 
Por baixo de um cobertor 
É tão grande o seu valor 
Que descrevê-lo é custoso 
Cheira mais que o mais cheiroso 
Vale de Jerusalém 
As roseiras de Siquem 
As savanas do Saara 
Nada disso se compara 
O valor que o peido tem 

Ofende muito a pressão 
peido grande encarcerado 
Deixa o corpo aliviado 
Depois que sai da prisão 
As veias do coração 
Controlam-se muito bem 
Sente o coração também 
Uma alegria sem par 
Ninguém sabe calcular 
O valor que o peido tem 

Uma dor que faz mudar 
A cadencia dos ouvidos 
São os peidos recolhidos 
Que você não quis soltar 
Não vá se... prejudicar 
Em respeito a seu ninguém 
O velho Matusalém 
Quase mil anos viveu 
Porque toda vida deu 
O valor que o peido tem 

Um negro foi se casar 
Ou se casava ou morria 
Peidou tanto neste dia 
Quase derruba o altar 
A noiva foi reclamar 
Findou peidando também 
O padre disse meu bem 
Ninguém dar mais do que eu 
O valor que o peido tem 

Peido azedo de água soda 
Fede a casca de limão 
E de jabá com feijão 
Passa folgado na "roda" 
Peido nenhum se encomoda 
Com censuras de ninguém 
Presta um favor quando vem 
Aliviar quem padece 
É quando a gente conhece 
O valor que o peido tem 

Peido fedendo a chulé 
Num samba de madrugada 
Sai com tanta misturada 
Que ninguém sabe o que é 
Mais um peido de Pelé 
Jogador que vive bem 
Passa veloz no vintém 
Não há goleiro que pegue 
Nenhum bom juiz que negue 
O valor que o peido tem 

Que prazer eu não teria 
Se um peido se apresentasse 
Bem fedorento e peidasse 
Deixando a fotografia 
Mas o peido não confia 
Nos olhos de seu ninguém 
São mistérios do além 
Não posso compreender 
Mas vale a pena saber 
O valor que o peido tem 

Um peido em pleno verão 
Cheirando a cú de veado 
"Tava" sendo arrematado 
Numa festa de leilão 
Quando chegou num milhão 
Não quis mais gritar ninguém 
Naquilo o prefeito vem 
Dizendo a honra me cabe 
Minha prefeitura sabe 
O valor que o peido tem 

Dizia o velho Abranhão 
Para seu neto Isau 
O peido agradece ao cú 
Depois que sai da prisão, 
Peidava um tal de Sansão 
Pelado, e cego de guia 
Temendo a onda bravia 
Moisés peidou no oceano 
E o papa no Vaticano 
Só peida uma vez por dia 

Alguém disse que Jacó 
Quando casou com Raquel 
Passou a lua de mel 
Peidando de fazer dó 
Esse parente de ló 
Era genro de Labão, 
Davi, pai de Salomão 
Poeta, Rei e pastor 
Peidava fazendo amor 
Na cama fria do chão. 

O homem velho esmorece 
Assim que a noite aparece 
Se deita e faz uma prece 
Lá num canto da parede, 
Meia noite se levanta 
Com secura na garganta 
Pega um caneco de "frande" 
Vai ao pote mata a sede 
Solta quatro peido grande 
Volta cegado prá rede. 

Peido fino é safadeza 
Peido alto é cretinice 
Peido suave é meiguice 
Peido baixo o é sutileza 
Silencioso é firmeza 
Peido brando indica paz 
O grosso é dos anormais 
Sempre indica frouxidão 
Mas chegando a perfeição 
O homem não peida mais.

pergunta idiota da semana #5


Ó António, achas que Deus fica fodido quando a malta desata a fornicar sem vontade nenhuma de procriar mas apenas porque tem tusa? Essa é uma pergunta do caralho! Não sou louco ao ponto de me pôr na pele de Deus, apesar de já me terem dito que sou omnipotente. Mas se é para especular... Eu cá acho que Deus está-se a cagar para isso. Tem mais que fazer. Acham mesmo que Deus está preocupado com o Zé da Esquina, que mete o pau em tudo o que é rata porque pinar é muito mais divertido do que mudar as fraldas dos putos?! Foda-se, há coisas muito mais importantes. Como por exemplo, transformar-me em gaja por um dia. Ó meu Deus, se fosse gaja, fodia a torto e a direito! Espera. Já o faço. E não preciso de ser gaja para isso. Nesse caso, podia dar-me super-poderes.

Assim, teria uma super-picha, com um super-poder-de-encaixe e um super-esguicho. Espera. Afinal não é preciso. Já tenho isso tudo. Obrigado meu Deus!

a loira que queria que a amarrasse


Aproximou-se de mim e deu um gole no meu Bloody Mary. Gemeu de felicidade, mas tinha uma boa razão para o fazer: a bebida estava do caralho. Aliás, foi em Copenhaga que bebi os melhores (e mais caros) cocktails da minha vida. Levei alguns segundos até perceber que a tipa, loira platinada, estava a encarar-me. Sorri, tentei perceber o que ela estava a pensar, mas aquela cara de gaja do norte da Europa era absolutamente inexpressiva. Desviei o olhar, mas só porque estava com sede. E o Bloody Mary, repito, estava do caralho. Por fim, inclinou-se e sussurou:

- É mesmo verdade que ataste aquela rapariga?
[O inglês dela era tão mau que tive alguma dificuldade em perceber a pergunta. "Did you really tie that girl up?" não é coisa fácil de pronunciar.]
- Sim.
- E ela resistiu e pontapeou-te e rasgou-te a roupa?
- Sim.
[Mentira: não sou gajo de amarrar conas. Gosto delas livres e rebeldes. O meu amigo, com quem ela tinha estado a falar, é que tem esta mania de fazer de mim um fodilhão ainda mais fodilhão do que o fodilhão que verdadeiramente sou.]
- E... fodeste-a? Ela estava com as mãos atadas acima da cabeça e tu... fodeste-a?
- Sim.
- E ela parou de lutar?
- Não. Acho que ficou tão excitada que não conseguia parar de lutar. Chamava-me de nomes e arranhava-me enquanto eu lhe martelava a rata.

Olhou para mim com cara de fome e reparei que tinha os olhos mais azuis que alguma vez vi. O vestido curto subiu até às ancas no exacto momento em que se sentou ao meu lado, ao balcão. Era baixa, mais baixa do que a média dinamarquesa. Imaginei-a ajoelhada sobre a minha cara. Imaginei-me a abrir a boca entre as alvas pernas dela e, apesar de todos os Bloody Marys que já tinha bebido, fiquei de pau em riste. Agarrou-me pelo braço e, já tonto de tesão, apoiei a mão na coxa dela.
- Isso é muito excitante. Conta-me mais...
Não me lembro do que se seguiu.

Acordei na manhã seguinte com uma gigantesca dor de cabeça, uma viscosa pasta branca nos pentelhos e a loira do bar ao meu lado. 


Perguntei-lhe:
- Fodemos?
- Sim.
- Amarrei-te?
- Não.
- Óptimo!
- Óptimo, o caralho! Tu prometeste...

eros dixit #73


Sabem o que distingue uma cona latina de uma cona escandinava? A cona latina diz coisas toscas como esta: "Foda-se, posso arrancar-te o caralho para o usar quando me apetecer?" Já a cona escandinava tem a mania que é civilizada e diz exactamente a mesma coisa, mas de forma educada:

"Já reparaste que os parceiros sexuais são limitados, mas o desejo de fazer amor é ilimitado?"

dia de dar coça ao coiso ou coisa #74


Confesso, sou um gajo da aldeia. Gosto de coçar os tomates e, quando a coisa aperta, até ajeito o mangalho em público quando o dito fica teso e descai para o lado direito. Não tenho saco para aqueles que dizem que a prática de esgadanhar a colhoada é pouco civilizada. A esses faço a seguinte pergunta: qual é a diferença entre um descaído escroto e uma húmida pachacha? As gajas podem enfiar os dedos entre as bordas da rata e arranhar o grelo para gozo pessoal, que isso sinal de maturidade sexual? O caralho que é! É só a forma mais simples de ter um orgasmo.

mamam mal mas gostam de ser mamadas


É bom saber que sentiram a minha falta. Mas em vez de me darem palmadinhas nas costas podiam perfeitamente fazer-me um broche como deve ser. É que as escandinavas não sabem o que fazer com o pau. As mãos são frias como os fiordes onde os avós delas fornicavam às escondidas e as bocas parecem mãos de um osteopata: delicadas, desapaixonadas e cirúrgicas. Não valem a ponta de um corno. Não merecem um pingo de porra.

Isto de abocanhar pirilaus não é ciência nenhuma. Não se aprende na escola. É só uma questão de jeito. Se calhar é mesmo um problema de ADN...


Fiquei esclarecido logo na primeira queca escandinava. As loiras junto ao Ártico não sabem mamar. Mas gostam de ser mamadas. E, como sabem aqueles que chafurdam frequentemente no grelo, lamber cricas dá uma trabalheira filha da puta. Não me estou a queixar. Não! Fico feliz da vida quando apanho com um clítoris do tamanho de bolas de golfe. Inchado como um caralho. Choro de felicidade quando se vêm na minha boca. É quase tão bom como ir-lhes à bufa.

Sim, tenho vaidade nos meus minetes. Não desprezo um milímetro da região que a minha boca deve cobrir. Mas convenhamos: pinar não é só lamber e enfiar dedo. Convém dar bom uso ao animal que tenho entre as pernas.

curtas da escandinávia #1


Antes de chegar à Escandinávia, tentei papar a greta belga da Geertje, mas o nome da tipa deixou-me tão confuso que falhei o alvo por um pentelho e enfiei-lhe o talo no cu.

Aterrei entretanto na Holanda e perdi a tusa toda em Roterdão. Eram todos iguais. Homens vestidos de preto, chapéu e uns caracóis a fazer de patilhas. O pior vinha atrás deles: mulheres com perucas e uma manada de filhos. Explicaram-me depois que são judias sefarditas, que rapam o cabelo quando se casam. Safa! O que eu queria era safadas, não sefarditas.

Parti nesse mesmo dia para a Dinamarca, com a certeza de que nunca mais o poria de pé.


Fiquei mais sossegado quando, já em Copenhaga, enfiei o duro vergalho na valente rata da Vigga e a seguir lambuzei-me na lassa pachacha da Nanna.

Não sei se já perceberam, mas eu gosto de comer lambisgóias, que são gajas sem graça nenhuma, mas com uma estranha propensão para idolatrar enormes caralhos.

o que eu papei p'raqui chegar


Estou de volta. Passei uns longos meses a papar cona escandinava e civilizada, mas fartei-me daquelas tipas todas pipi, sem sangue na guelra nem pêlo na rata, que ficam ofendidas quando um gajo, moreno e de farta pentelheira, lhes diz que as coisas resolvem-se à paulada. Por isso, quando aterrei em Portugal, lembrei-me do que cantava o José Mário Branco: Eu vim de longe, de muito longe, o que eu papei p'raqui chegar...