Sou um sem-vergonha #1

Era agora ou nunca.
Ela queria aproveitar que o marido andava por fora e convidou-me para ir até lá a casa. Agora é que é, pensei. Agora é que vai abrir as pernas. Uma minhota que faz um convite assim só pode querer foda. É a lei natural das coisas. Com a verga cheia de lume, pedi pormenores, numa tentativa de evitar os pró-formas para a pranchada. Desilusão...

"Podemos apenas ver-nos? Mais nada. Tenho vergonha de falar sobre isso contigo."
Ver?! Já vi. Não era para pinar?!
"Não posso fazer o que te quero fazer."
Mau-maria. O que é que queres fazer mesmo?
"Posso estar contigo mas não de outra maneira."
Desembucha caralho!
"Há coisas que não consigo explicar. Tenho vergonha."
Estás com o período, é isso?
"Tu tens mulher, deves perceber."
Estás com o período! Se soubesses... Não me importo nada. Gosto de cenas porcas.
"Percebeste?"
Seria o encaixe perfeito, já me disseram: "Moscovo a frio a chocar contigo já quente." Mas isso foi a Carla, que gosta de badalhoquices. Esta é diferente. Nem pior, nem melhor. Leva o seu tempo.


Sou alérgico a conversa mole.
Decidi não dizer mais nada senão lugares-comuns. Que sim. Que é só para a ver. Que não faço nada que ela não queira. Que se foda... Mal não faz.

[continua...]
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