cantigas do bandido #17

Depois de uma maratona de 24 horas a devolver a auto-estima a uma cona que se pensava perdida para sempre, passei esta manhã a ler. Dei de caras com este poema de Fernando Correia Pina:

Naquela estreita, deserta região
sempre assolada pelos temporais
que entre cona e cu, em depressão,
geram grossa chuva e vendavais,

naquele curto istmo que medeia,
abandonado, entre ânus e vagina,
nessa ponte que afasta e aproxima
da fecal matéria a seminal ideia

perde-se um homem olhando o escuro
e diz para consigo – onde é que eu furo?
– e, geralmente, fura mais acima

vencida a humana incerteza,
porque da cona lhe pode vir merda
mas do cu lhe virá merda com certeza.
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5 comentários:

  1. Conheço o poema.... mas... esse cuzinho é digno também de ser mantido em auto-estima!!!

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    1. cu assim é de quem tem muito auto-estima. só serve para aumentar a alter-estima.

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  2. Esse traseiro realmente me deixa quente!

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