curtas da semana #32

Papei uma casada de grande porte e, ao esporrar na farta pentelheira da senhora, dediquei uma canção ao marido cornudo: "Agora que não estás, rego eu o teu jardim."

No dia seguinte, mudei de estratégia: tentei esguichar-lhe na boca, mas acertei-lhe no olho direito. Lembrei-me do Piçarra do plágio e cantarolei: "Podem fazer muros, mas não tapam a alma. Tu olhas para tudo e não vês nada."

Papei uma solteira do Desterro e, ao lamber a careca cona da moça, lembrei-me da canção sem título: "Há tantas coisas boas e uma delas é estares perto, de que valem 10 lisboas se me sinto no deserto."

Quando me deu a escolher onde enfiar o pau, se no cu se na cona, fiz-me de parvo e papei o que a sorte ditou: "Patati patata, papo-te aqui e aqui nã."

Já hoje não papei ninguém. Nem solteira nem casada. Sabem porquê? Porque tenho o saco seco. "Nem mar, água salgada, nem ar, brisa delicada. Não há nenhuma necessidade. Hoje para sorrir eu não preciso de nada."
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