cantigas do bandido #29


Dizia que era boa como o milho, um tesão de estourar colhões, uma máquina de pinar, o caviar da queca fácil, que tinha uma cona melhor do que um Barca Velha e uma tranca mais elegante do que um Rolls-Royce. Mas isso era o que ela dizia por email. Quando a vi, tive vontade de a despachar com um poema de Ary dos Santos:

A bruxa


As tetas são balofas almofadas
recheadas de esterco e de patranhas
da boca fogem bichas trituradas
pelo próprio veneno das entranhas.

As pernas são varizes sustentadas
pela putrefacção das bastas banhas
os olhos duas ratas esfomeadas
e as mãos peludas tal como as aranhas.

Nasce do estrume e vive para o estrume
a língua peçonhenta larga fel
e é uma corda que ela-própria-puxa.

Sai-lhe da boca pus e azedume
tem pústulas espalhadas pela pele
e é filha de si própria. É uma bruxa.
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2 comentários:

  1. Sem querer parecer lerda
    Nem ser esquisito nem nada
    Nem sequer homem da treta
    Dizia-lhe: Que mulher de merda
    Cheia de pele velha e enrugada
    Comigo não fodes: Bate uma punheta
    .........................
    .
    Votos de feliz fim de semana.

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    Respostas
    1. não bateu uma agradável punheta,
      mas fez-me um senhor broche.
      pegou com vigor na enorme picareta
      e engoliu-o como se fosse brioche.

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