cantigas do bandido #31


Hoje acordei feito num farrapo. Normalmente, depois de hibernar durante a noite, desperto com a maior tusa do mijo da história. Mas hoje foi diferente. O bicho repousava, flácido, sobre o meu peludo peito. Colossal como este meu cacete é sempre, mas frouxo. Fiquei preocupado. Doía-me a cabeça com'ó caralho e não sentia o costumeiro pulsar da cabeça do caralho. Recordei-me de um poema de Bocage e fiquei ainda mais preocupado. A picha também envelhece? Depois sosseguei. Fui ter com a sopeira mais próxima, que me sugou o coiso de tal forma que ainda tenho isto a latejar.

Soneto do caralho apatetado


Fiado no fervor da mocidade,
Que me accenava com tesões chibantes,
Consumia da vida os meus instantes
Fodendo como um bode, ou como um frade.

Quantas pediram, mas em vão, piedade
Encavadas por mim balbuciantes!
Ficando a gordos sessos alvejantes
Que hemorrhoides não fiz nesta cidade!

À força de brigar fiquei mammado;
Vista ao caralho meu, que de gaiteiro
Está sobre os colhões apatetado:

Oh Numen tutelar do mijadeiro!
Levar-te-ei, si tornar ao teso estado,
Por offerenda espetado um parrameiro.
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