Mesa com vista para a cona deconhecida

Nunca me tinha acontecido.
Seria um almoço como tantos outros, não fosse aquela trintona. Cruzámos o olhar mal passei a porta do restaurante. Percebi que tinha que me sentar onde pudesse estar de olho nela. Por sorte, a mesa certa estava vazia. Conversava que um homem que podia ser o seu marido [não que isso interesse], pernas cruzadas, saia de ganga acima dos joelhos. De vez em quando, olhava para mim. Parecia tensa. Entusiasmada, talvez. Excitada, percebi mais tarde..

O que aconteceu depois parece ter saído do lápis de Milos Manara.

A famosa cena do álbum "Clic", de Manara

Percebeu que eu olhava insistentemente sob a mesa onde almoçava. Tinha umas coxas brancas que me faziam tremer os joelhos. Descruzou as pernas. Olhou mais uma vez para mim. Eu já não sabia como manter a discrição. Um tipo agarra-se ao pau e é apanhado pela mulher com a boca na botija, ou, neste caso, com a mão na braguilha. Ora, a trintona não me deixou descansado. Afastou as pernas e apresentou-me, graciosamente, as suas cuecas alvas.

Não há verga que aguente tanto altruísmo.
Tinha que registar a coisa. Menti com todos os dentes: "Vou fotografar o bacalhau com broa. Está delicioso." Quero acreditar que a trintona percebeu que eu queria cona. Foi afastando as coxas. A saia de ganga deve ter-lhe subido até ao pescoço de tão escanchada ficou. Já na sobremesa, relaxou a mão entre as pernas e juro que me pareceu afagar os entrefolhos sobre as cuecas. Mas isso já seria delírio meu, que sentia o nabo a latejar.

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