cantigas do bandido #21


Passei um dia inteiro a foder sem me mexer. É assim que eu gosto da queca: um deserto de esforço, himalaias de porra. Tiro o chapéu a esta gaja tão empreendedora, que parece ter encontrado o pau perfeito para martelar o seu pito fresco e carente. Fui procurar um poema de E. M. de Melo e Castro, que é uma espécie de ode à piroca:

Cara lh ama


amam-no todos
uns porque o têm
bem colocado e ereto
outros porque a foda
sem ele não bate certo

e se o nariz não chega
e os dedos se dispersam
só ele é que é capaz
de entrar todo na toda
discreto e bom rapaz

e os tristes que o não têm
amam-no doutra maneira
distantes e macios
não sabem se se vêm
ou se é só caganeira
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