todo fodido de tanto foder


Estou de papo cheio. E saco vazio. Tenho os colhões feitos num oito. E o nabo a bater as botas. E a língua dormente. E algo adstringente no céu da boca. E a garganta seca. E um sorriso idiota nos lábios. E uma desagradável borbulha no cu. E os dedos dormentes. E a anca deslocada. E o ego inchado. E o superego desaparecido. Mas isso não é de agora, que não me lembro de algum dia ter tido consciência moral.

Estou esfaimado. E enfartado de tanto enfardar gajas boas. E farto de gajas assim-assim. E fascinado com o empenho das que fodem por tudo e por nada. E agradado com o desempenho do trambolho com jeito para o broche. E cansado. Com o corpo pesado. E o caralho mole. E circuncidado. Mas isso não é de agora, que nem sequer me lembro do tempo em que o meu pau tinha prepúcio a prender a cabeça.

Cheira a patchouli nas almofadas. E tenho manchas de porra nos lençóis. E uma ou outra pinga de mijo. E mais umas quantas de sangue. Aliás, foi essa a minha favorita: a menstruada das mamas grandes. Guinchou que nem uma perdida. Trabalhou na verga como se a vida dela dependesse daquele grosso pedaço de chicha. São as hormonas, eu sei. Mas foi também uma forma de agradecimento. Nunca a tinham fodido com o período.

São uns idiotas estes homens que comem arroz de cabidela mas não são capazes de se enfiar numa gruta ensanguentada.


Onde é que eu ia? Ah, sim, na imundice em que se tornou a minha cama. E o sofá. E o tapete da sala, coberto de pentelhos de todas as cores. Pretos, castanhos, ruivos, loiros e até brancos. O que eu me vou divertir a relacionar cada um deles à rata de onde vieram. A felicidade é feita de pequenos momentos assim.
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2 comentários:

  1. Vais com muita sede ao pote :)))

    Beijinhos molhados :)))

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    1. se há tantos potes de mel por aí, de que vale ficar à espera que eles nos caiam no colo? é lambê-los à boca cheia!

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