foda em forma de fotogramas


Sei que a fodi. Não sei como a fodi, mas sei que a fodi. Ou será que não a fodi e foi ela que me fodeu?! Enfim, sei que fodemos. Houve foda. Isso eu sei que aconteceu: uma foda. Se foi uma boa foda, isso já não sei. Foi uma foda clássica, daquelas que mete pau e rata, enfia, enterra, goza e esguicha e o caralho que a foda.

Foi uma foda em forma de fotogramas, como as que ainda agora mostraram do ataque dos imbecis à equipa do Sporting.

Foi uma foda em forma de epitáfio, como a memória que tenho do avô Zé, que reunia os netos para comermos uma cebola cortada em quatro, temperada com sal grosso e vinagre de vinho tinto. Explicava-nos, orgulhoso do petisco, que era a "galinha dos pobres".

Foi uma foda confusa. Uma cretinice. Estávamos grossos que nem cachos, ela morria de medo que o marido aparecesse e eu de medo morria que perdesse a força na verga.


Mas isto, claro, são questões menores, que o que interessava mesmo, naquele jardim, eram matérias tão importantes como a origem do universo ou a existência de deus. Mentira! Deus e o universo que se fodessem! O que verdadeiramente importava era despachar a foda o mais rápido possível. Ora, como sabem, a pressa pode ser a nossa maior inimiga, mas, neste caso, foi o mote para chavascal histórico.

Eu sei que querem saber o que aconteceu nesta foda lendária. Mas vão ter que esperar. Perdoem-me, que ainda estou bêbedo, caralho!

[continua...]
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