Close-up: é exibicionismo?

A Sara faz unhas.
Não me fez as unhas, porque eu não faço unhas. Enfim, corto-as, mas isso é coisa para um homem só. Ainda não preciso de uma nails-sitter. Não me fez as unhas, mas cravou-me o cigarro pós-coito da praxe quando me pediu boleia até casa. Ainda a estou a ver, sentada no lugar do morto: cuecas pelos tornozelos, cabelo desalinhado e a fumar com tragadas que duravam uma eternidade. Havia no ar um intenso cheiro a nicotina, testosterona e estrogénio. O carro tresandava a sexo.

Nunca mais a vi. Mas ela gosta de dar notícias, em forma de vídeo.


Poupa nas palavras, mas sabe perfeitamente como me deixar em brasa. Gosta de se exibir. Chama-me fofo, que noutras circunstâncias seria um mau sinal, e entrega-me a sua cona encharcada de bandeja. Em forma de mp4. Podia ser em jpeg, mas não seria tão bom...
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